O caso do homem encontrado morto na manhã desta quinta-feira (18) no bairro Cruzeiro Celeste, em João Monlevade, pode não haver sido um assassinato. Durante a manhã, a Polícia Militar divulgou que a ocorrência era tratada como um homicídio. Contudo, durante a tarde, a corporação e a Polícia Civil informaram que as diligências e os elementos técnicos colhidos apontam para outra linha de investigação, descartando, em princípio, o homicídio.
Segundo a PM, esses indícios apontam que a vítima, de 61 anos, “não apresenta lesão interna compatível com trauma, sem fratura craniana, nem infiltração hemorrágica no cérebro, havendo apenas lesões externas superficiais”. O idoso, “conforme preliminarmente verificado, possuía histórico de hipertensão, hipertrofia no coração, o que leva a crer ter sofrido um mal súbito durante discussão que teve com uma mulher com quem estava em casa, durante à madrugada”. O caso permanece sob investigação da Polícia Civil.
O caso
A Polícia Militar informou durante a manhã que, por volta das 6h, recebeu um chamado de uma mulher que dizia que o homem estava caído no banheiro do imóvel, na rua França. Quando os policiais chegaram, encontraram a vítima já sem vida, com um ferimento no supercílio e sinais de intenso sangramento pelo olho. A Perícia Técnica também compareceu. Após os trabalhos, o corpo foi liberado para o Instituto Médico Legal (IML). A mulher foi encaminhada ao hospital para atendimento médico.
Outras linhas
O delegado Bernardo Machado informa que é apurada também a hipótese de que a vítima tenha caído e batido a cabeça enquanto todos consumiam bebida alcoólica. Conforme o delegado, a mulher alegou ter sido vítima de uma tentativa de estupro, mas não apresenta sinais de violência sexual. No entanto, apresentou marcas de ferimento por objeto perfurocortante. Ela disse que o homem a agrediu e logo depois caiu, bateu a cabeça e veio a óbito.
O legista, diz o delegado, identificou um alto nível de álcool no sangue do falecido. “A possibilidade de homicídio está sob investigação, mas os elementos colhidos tornam menos provável essa hipótese, sendo mais provável que a morte tenha sido provocada por uso de bebida seguido de queda”, informa o delegado. A Delegacia de Polícia Civil recebeu a ocorrência e prosseguirá com as apurações do ocorrido.