A Prefeitura de João Monlevade anuncia que trabalha na solução para a falta de água nos bairros mais altos da cidade. Conforme o diretor do Departamento Municipal de Águas e Esgotos (DAE) José Afonso Martins, um novo reservatório vai minimizar o problema, ampliando o abastecimento em quase 7 vezes, passando de 30m³ para 200m³ naquela região.
Nesta semana, o prefeito Laércio Ribeiro (PT) recebeu o Termo de Autorização de Uso de Área Particular, assinado pelo morador Paulino Soares Teixeira, proprietário de uma área localizada no bairro Primeiro de Maio. Através do documento, o senhor Paulino autoriza o DAE a utilizar 900m² da sua área localizada na Rua Taurus como “passagem de servidão”, permitindo o acesso ao terreno da Prefeitura onde será construído o novo reservatório de água.
A administração informa que, na companhia do assessor de Governo Cristiano Vasconcelos, do assessor de Secretaria Eduardo Bastos, do diretor do DAE, o prefeito Laércio recebeu o documento das mãos do vereador Sassá Misericórdia (Cidadania), que intermediou a assinatura.
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De acordo com o diretor do DAE, esse foi o primeiro passo para a solução da falta de água nos bairros que, até então, contavam, há anos, apenas com um reservatório de 30m³. “Além das medidas emergenciais para o atendimento nos bairros, buscamos uma solução duradoura para o problema da falta de água no Estrela Dalva e Primeiro de Maio, que estão localizados no ponto mais alto da cidade. O problema que tínhamos para a construção do novo reservatório era o acesso ao local que passava por área particular”, relatou José Afonso.
Segundo José Afonso, a previsão é de que em seis meses sejam concluídas as obras. “A partir de agora, com o termo assinado em mãos, iniciaremos as obras de infraestrutura e cercamento da área para a construção do reservatório. Após a conclusão da infraestrutura e cercamento da área, realizaremos a contratação da empresa responsável pela construção do reservatório para que o problema seja solucionado com rapidez e eficiência”, observou o diretor do DAE.
O prefeito Laércio e o diretor do DAE agradeceram ao vereador Sassá, que intermediou a conversa entre a população e a Administração. Ele também se dedicou a realizar a negociação com o proprietário do terreno particular, sem qualquer ônus para a Prefeitura, além de destacar a boa vontade e cooperação do proprietário do terreno.
Problemas
A falta de água pautou os debates em Monlevade no início deste ano. O problema foi tema de uma reunião entre uma comissão de moradores, o prefeito e a vice-prefeita, Dorinha Machado (MDB). O Executivo publicou, no dia 27 de janeiro, um decreto de emergência hídrica no município. O texto vale por 120 dias e proíbe terminantemente o “uso indiscriminado” e o desperdício da água tratada em toda a cidade.
O texto discrimina quais são as formas vedadas de consumo de água: “manter abertos ou ligados indevidamente torneiras, caixas d’água, reservatórios ou mangueiras que desperdicem água de forma contínua; lavar calçadas, ruas, varandas, pátios ou quintais; provocar danos à rede pública de água; lavar veículos em domicílio ou em vias públicas, exceto os lava-a-jatos”.
Quem violar as determinações poderá receber multa, que pode chegar a dez vezes o valor do consumo mínimo de água. Em caso de reincidência, a penalidade é dobrada. Pelo decreto, os servidores do Departamento Municipal de Águas e Esgotos (DAE) terão poder de polícia para garantir o seu cumprimento.