O governo Laércio III começa enfrentando um percalço que ele mesmo criou: o desafio de equilibrar o peso das expectativas populares com as pressões de alianças e acomodações políticas. Reeleito com ampla aprovação popular, fruto de um projeto que demonstrou resultados efetivos para a cidade, o prefeito tem agora a oportunidade de consolidar avanços e entregar mais à população.

No entanto, as manobras que envolvem o vereador eleito Belmar Diniz (PT) e os não eleitos Gustavo Prandini (PcdoB) e Gentil Bicalho (PT) seguem ameaçando transformar um começo promissor da gestão em um terreno minado por crises e desconfianças.

Vale questionar: a estratégia de tirar Belmar da Câmara para levar Prandini ao governo e, com isso, abrir espaço para Gentil no Legislativo é realmente necessária? Vale quanto pesa? Ou o mais importante, é o que o povo quer? A população já rejeitou Prandini e Gentil nas urnas. O primeiro, foi o prefeito com uma das maiores rejeições da história da cidade. O segundo, perdeu duas vezes seguidas a eleição para vereador.

Forçar a entrada deles por meio de arranjos pode ser interpretado como um desrespeito ao eleitor. Este tipo de articulação, que privilegia os interesses partidários em detrimento da vontade popular, é caminho certo para a insatisfação crescente e uma crise permanente.
Por exemplo, se Belmar, Prandini ou Gentil cometerem deslizes, o governo será responsabilizado por ter optado por eles. Afinal, estão nos cargos não por vontade do eleitor ou competência técnica. Mas por arranjos políticos. Essa percepção corrói a confiança na gestão.

Prefeitos são eleitos para governar, e isso significa tomar decisões firmes, mas alinhadas com os interesses da população. O prefeito Laércio precisa ouvir a voz do povo e começar a gestão de fato. A cidade que o reelegeu tem muito a demandar, e sua gestão tem muito a entregar: limpeza urbana, transporte escolar, ações na Saúde e obras essenciais precisam acontecer.

É hora de mostrar porque o governo mereceu cada voto para continuar. Para tanto, seguir em frente é essencial. O tempo de ajustes passou. É hora de trabalhar por Monlevade.