Morreu neste domingo (19) aos 100 anos a física Beatriz Alvarenga, natural de Santa Maria de Itabira. Em nota, a Prefeitura da cidade lamentou o falecimento e exaltou a trajetória de uma das maiores divulgadoras da Física e das ciências para crianças e jovens no Brasil. O velório será nesta segunda-feira (20) no Cemitério Parque da Colina, em Belo Horizonte.
Filha do farmacêutico Trajano Procópio de Alvarenga, Beatriz mudou-se com seu pai para a capital mineira, em busca de melhores oportunidades de educação. Prestando o vestibular aos 17 anos, ela foi uma das primeiras mulheres a se graduar como engenheira civil na Escola Livre de Engenharia, atual Escola de Engenharia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Ainda na década de 1940, assumiu a cadeira de professora de Física no Colégio Estadual Central, um dos mais prestigiados de Minas Gerais. Em 1968, ajudou a criar o Departamento de Física no Instituto de Ciências Exatas (Icex) da UFMG. Aposentou-se em 1987.
Para muitos estudantes, Beatriz Alvarenga será lembrada como escritora de livros escolares, escritos ao lado do colega Antônio Máximo, para explicar a Física de forma mais contextualizada. Milhões de alunos brasileiros aprenderam a disciplina através de suas obras. Mesmo após quase 30 anos de magistério, mantinha em casa seu laboratório de estudos físicos.
Em vida, Beatriz Alvarenga foi homenageada com o título de professora emérita da UFMG em 1989, com a Medalha da Inconfidência em 2006, e com o prêmio Bom Exemplo, da TV Globo Minas, em 2016, entre outros. (Com informações Estado de Minas).
