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Brasil e o Mundo
20 de Julho de 2023
Cerimônia assinala os 150 anos de Alberto Santos-Dumont, o Pai da Aviação
Reprodução - Agência Brasil

Minas Gerais comemora nesta quinta-feira (20) os 150 anos de nascimento do mais genial de seus inventores: Alberto Santos-Dumont, o “Pai da Aviação”. Durante a manhã, a Força Aérea Brasileira realiza uma cerimônia alusiva ao Sesquicentenário, transmitida pelas redes sociais. Também foi aberto um concurso fotográfico com a temática do aviador. Na cidade em que nasceu e que leva seu sobrenome, a Prefeitura montou uma programação comemorativa que durará todo o mês. A data é recordada sobretudo pelo pioneirismo e importância de Dumont para a fabricação e operação de aviões em todo o mundo. 

Biografia

Nascido em 20 de julho de 1873 na fazenda Cabangu, pertencente ao então município de Palmira, Alberto era filho de uma família de cafeicultores, e sempre foi um estudante dedicado. Aos 15 anos, despertou em si o desejo de voar, uma façanha para aquele fim de século XIX. Aos 18 anos, mudou-se para Paris, e iniciou uma série de testes com balões e dirigíveis, que constantemente aperfeiçoava. 

Já em 1901, venceu o prêmio Deutsch, ao contornar a Torre Eiffel com um dirigível. Mas seu grande feito ocorreu em 23 de outubro de 1906, quando o 14-Bis levantou vôo no Campo de Bagatelle, em Paris. Pela primeira vez, um corpo mais pesado que o ar voava publicamente sob controle e erguido por propulsão própria, o que o fez ser conhecido como “Pai da Aviação” ou o inventor do avião. Santos-Dumont ainda lançaria em 1909 o Demoiselle, considerado o primeiro ultraleve da história. 

Era próximo da princesa Isabel, que o teria presenteado com uma medalha de Nossa Senhora das Graças. Alberto era amigo de Louis Cartier, e encomendou a ele a adaptação de um relógio de bolso para ser usado nos vôos, criando assim o relógio de pulso. Desenvolveu também um chuveiro de água quente, movido a álcool. Muito homenageado ainda em vida, era conhecido não somente pelo seu gênio inventivo, mas por sua grande humildade. No entanto, ele não resistiu ao ver o uso militar dos aviões e o derramamento de sangue por ele provocado, morrendo em 23 de julho de 1932, no Guarujá, litoral paulista.